Em memória
Clóvis José Cavaglieri nasceu em Campinas, interior de São Paulo no dia 29/05/1960. Era um domingo e acho que daí vem a sua calma.
Foi o melhor pai que uma filha pode sonhar em ter. Marido fiel e dedicado a família de maneiras que não se podem mensurar. Viveu uma vida simples ao lado de quem o amou muito, não teve grandes aventuras mas as que teve foram certamente grandes.
Apaixonado por cerâmica e seus tijolos, tinha orgulho de dizer que os tijolos de tal casa ou edifício havia sido ele a construir. Contador de histórias nato, adorava bater um papo passava horas a fio em uma boa conversa com um segurança, a caixa do mercado, o senhor na fila da loteria e tantos outros. Quem não conhecia o seu Clóvis dos olhos azuis?
Meu pai foi o homem mais incrível desse mundo, parceiro, amigo, protetor, segurou minhas mãos em tantos momentos e tudo sempre lembrará você. Até em seus últimos dias foi apelidado de paciente bonzinho lá no hospital pois o senhor nunca reclamava de nada tudo estava sempre ótimo. Impossível acreditar que uma doença bizarra como essa o levou, nem em meus piores pesadelos pensei em te perder tão rápido, ainda mais para o Covid, entregando sigo com as memórias de tudo que o senhor me ensinou. Sua alegria, serenidade, calma, piadas, histórias. A xícara grande que o senhor tomava café ainda está lá, prometo cuidar do seu carro (que eu quebrei uma peça mas já arrumei (risos) desculpe você sabe como sou estabanada sei que se estivesse aqui o senhor com toda certeza concertados afinal não havia nada que o senhor não conseguisse concertar) suas calças de moletom nunca foram tão quentinhas e a fronha do seu travesseiro agora é minha pois tem o seu cheirinho. Tantas coisas queria lhe contar, eu ainda não tirei carta mas prometo que vou tentar, a estante que o senhor me fez caiu o Léo vai colocar no lugar, estou cuidando da mãe e de todos em casa como o senhor sempre cuidou. O amamos pai e vamos sempre te amar.
Clóvis José Cavaglieri descansa agora nos braços do senhor viveu uma vida feliz e teve o luxo que poucos tem, ser amado verdadeiramente.
"Ó pai" (aceno)